terça-feira, 19 de julho de 2011

Exames que identificam as doenças pelo hálito.

As pessoas preocupadas com o mau hálito frequentemente recorrem a uma escova de dentes ou uma bala de menta.

No futuro, é possível que também procurem um médico. Cientistas estão desenvolvendo "bafômetros" sofisticados que examinam o ar exalado para detectar sinais de câncer, tuberculose, asma e outras doenças.

"Existem no ar exalado indicativos de doenças hepáticas, renais e cardíacas", além de doenças pulmonares, disse Raed Dweik, diretor do programa vascular pulmonar da Clínica Cleveland, no Ohio. "Minha impressão é que a análise do hálito é o futuro dos exames, complementando os de sangue e de imageamento. O hálito é matriz rica que pode refletir estado de saúde ou doença."

Na realidade, ele observou, o hálito é tão rico em compostos químicos que compreendê-lo plenamente vem sendo um desafio. Cada exalação contém gases como dióxido de carbono, mas também resquícios voláteis de alimentos e medicamentos consumidos recentemente e até mesmo compostos inalados de materiais como tapetes, estofados e poluição ambiental. Mas os monitores estão conseguindo classificar essas substâncias exaladas com precisão crescente, aproximando a análise do hálito do ponto em que será largamente utilizada no diagnóstico e tratamento médico.

A Menssana Research, empresa de biotecnologia de Fort Lee, Nova Jersey, está testando um sistema de desktop chamado BreathLink para ser usado na identificação rápida de tuberculose pulmonar ativa. Para usar o BreathLink, uma pessoa expira dentro de um tubo comprido, e uma amostra do ar exalado é coletada e analisada no aparelho.

Marielle W. H. Pijnenburg, especialista em medicina respiratória pediátrica no Centro Médico da Universidade Erasmus, em Roterdã, Holanda, disse que a detecção de um composto no hálito, o óxido nítrico, já é usada no tratamento da asma.

"É uma molécula pequena", disse ela, "mas, se você analisa pacientes asmáticos, eles apresentam níveis mais altos dela no ar que exalam. A molécula reflete a inflamação alérgica que eles têm nos pulmões."

Está sendo desenvolvido um analisador portátil de hálito para asma pediátrica que vai procurar cinco marcadores inflamatórios comuns da doença, disse Frederick A. Dombrose, presidente da Fundação Hartwell, de Memphis, Tennessee.

Na Clínica Cleveland, o médico Peter Mazzone analisa o hálito para determinar a presença de câncer do pulmão. No exame dele, o hálito é passado diante de sensores que mudam as cores, que então são captadas em câmeras digitais. Em seguida, os padrões são comparados aos de pessoas sem a doença. Mazzone disse que seus exames já alcançaram precisão de 85%.

Gente, achei curiosa essa reportagem da folha e quis dividir com vocês! De acordo aos estudos, estamos muito perto de experimentar essa novidade, então, de olho nos cuidados com a saúde!

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO – SP

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